Sempre entendi que o advogado ao ocupar a assistência deve saber se comportar a lado dos familiares da vítima.

A Dra. Roselle Soglio fez um trabalho que serve de modelo.

Testemunha mente em depoimento

A principal testemunha do caso, que afirma que Marcelo Pesseghini sabia dirigir e atirar, disse que a família realizou um churrasco no dia dos assassinatos, mas ingressos de cinema comprovaram que eles passaram a tarde em um shopping center

2º Testemunha se contradiz

Segundo a advogada, essa mesma testemunha dá depoimentos contraditórios: ora diz que viu a mochila de Marcelo, ora diz que não. Ele também afirma e depois nega que a porta da casa da família estivesse fechada

3º Avós paternos não foram ouvidos

Os pais do sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, Maria José e Luiz Carlos, não foram chamados para depor. Eles dizem ter certeza de que o garoto é inocente e que não sabia dirigir ou atirar

4º Registro de ligações telefônicas foi adulterado

A principal testemunha diz ter encontrado os corpos por volta das 18h. O laudo do IC (Instituto de Criminalística) indica que os registros de ligações do telefone de Luís Marcelo foram apagados, e o aparelho só voltou a registrar telefonemas e mensagens por volta das 18h20, o que indica que alguém apagou a agenda. Segundo a advogada, várias pessoas ligaram para Luís Marcelo ao longo do dia, mas isso não foi investigado

5º Parecer psiquiátrico encomendado a profissional externo

A advogada questiona a decisão do DHPP de solicitar que o psiquiatra Guido Palomba emitisse parecer sobre a condição mental de Marcelo, uma vez que o IML e o IMESC possuem psiquiatras forenses. Ela diz que houve uma usurpação de função pública, crime previsto no artigo 328 do Código Penal, já que era necessária a negativa dos órgãos oficiais do Estado para se pensar em “convidar” um profissional para realizar um parecer técnico

6º Laudo psiquiátrico construído sem informações dadas por familiares

A advogada diz que o psiquiatra não ouviu os familiares da vítima, não teve acesso ao prontuário médico do examinado (por via judicial ou por familiares) e utilizou apenas as peças do inquérito fornecidas pelo delegado

7º Depoimentos da médica do garoto foram desconsiderados

A advogada afirma que não foram levadas em consideração as declarações da médica de Marcelo, que o acompanhou desde quando se descobriu sua doença (com meses de vida). A profissional da saúde afirma taxativamente que ele não era portador de nenhuma doença mental ou desvio de comportamento.

8º Imagens não foram periciadas

As imagens registradas por câmeras de segurança (17 DVDs, ao total) foram anexadas ao processo somente após o relatório final do delegado e não passaram por perícia. Dentre elas, há um vídeo que mostra um vulto saindo do carro que supostamente era dirigido por Marcelo Pesseghini

9º Página no Facebook

Uma página no Facebook em homenagem ao pai de Marcelo, criada antes do horário em que os corpos foram descobertos, foi atribuída a um garoto de 15 anos que diz ter feito a publicação com outro nome. A polícia acatou justificativa. A advogada questiona por que a investigação não tentou comprovar o fato com a rede social

10º Mistério sobre celulares de pai e filho

A defesa afirma que a polícia não pediu às operadoras de celular o rastreamento dos telefones de Marcelo e da testemunha do churrasco no dia 4 de agosto com bases nas torres das ERBs (Estações Rádio Base). Na investigação do assassinato da advogada Mércia Nakashima, o ex-policial Mizael Bispo, agora condenado pela Justiça, essa informação do telefone o colocou na cena do crime.

11º Afastamento de comandante da PM

A advogada questiona o afastamento, por problemas de saúde, do Comandante do 18º Batalhão da PM Wagner Dimas logo após dar declarações à imprensa de que o cabo da PM Andreia Pesseghini, mãe de Marcelo, teria denunciado policiais envolvidos em roubo de caixas eletrônicos

12º Local do crime foi invadido

A advogada questiona as declarações do DHPP de que o local do crime fora preservado, mas os laudos necroscópicos apontam que a casa dos Pesseghini foi invadida por dezenas de pessoas, inclusive policiais

13º Lesões na mão de Marcelo

Marcelo apresentava lesões de defesa na mão que não foram analisadas. Além disso, o perito assinala manchas de sangue com características de espargimento (gotas projetadas com alta velocidade) na face interna da mão do garoto. Não há possibilidade de isso acontecer quando se está empunhando a arma, argumenta a advogada

14º Laudo põe em dúvida quem apertou o gatilho

Em laudo complementar, o perito relator do laudo de local afirma que, diferentemente do que consta do laudo inicial, o dedo de Marcelinho não se encontrava no gatilho da arma.

caso pesseghini

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